segunda-feira, 12 de abril de 2010

Ela

Ontem ela bateu
De repente, como sempre
Meu coração ardeu
-não quer ficar carente

Ela chega de mansinho
Tentando me dominar
Porque nem os meus espinhos
Na conseguem machucar

Fecho os olhos e ela vem
Ela só quer saber de mim
O poder que ela tem
Deixa meus olhos carmim

De nada adianta chorar
É só isso que ela quer
De nada vale aceitar
A provocação dessa mulher

Se ela ainda não te pegou
Sua sorte certamente falhará
Tristeza é o nome desse agouro
E com ela, dor não faltará

Por muitos anos lutei
De nada adiantou
Gemi, gritei, me isolei
Mas a dor não passou

Ainda não descobri o segredo
Pra dela, me livrar
E meu maior medo
É ela não me abandonar

Passa dia, passa ano
Ela continua aqui
Alimentando meu pranto
Enquanto ainda não dormi

A cada despertar
Tenho a certeza que ela vem
O que consola é deitar
E saber que vou além.

Um comentário:

Unknown disse...

E de todas essas coisas
Um certeza apenas fica
A de que, com tanta tristeza,
Em rio te transformas, menina.

Belo poema. ;D