domingo, 28 de junho de 2009

Preciso


E então não conseguia dormir.
Não queria sonhar.
Julgava que aquele escape,
Aquele sentimento de falsa realidade,
Não faria bem.

Tinha prometido não mais me apaixonar,
Em pouco tempo desisti,
tornou-se impossível conseguir fugir
De um alguém que consegue me controlar.

E então não conseguia acordar.
Saber que outra possui aquele que não tenho,
Suga minhas forças.
Perceber que esse amor nunca será meu,
Leva-me ao declínio.

O medo da escuridão
Me deixa impaciente,
A cada busca inconsciente,
pelo calor do teu coração.

E então não conseguia viver,
Você surgiu,
Mudou meus planos,
E me condenou a ser prisioneira
De uma paixão impossível.





Recíproca

Quisera eu um amor inventado
Viver as mentiras mais verdadeiras
De um sonho em que estava acordado,
de um pesadelo sem eira nem beira.

Quisera eu uma velha paixão
Com tantas brincadeiras
Que fizessem bem a um coração
Que já pensou tantas besteiras.

Quisera ver o amor que o destino me guarda
Um amor antigo, intransitivo,
sem falsas jogadas.
Que obedeça só aos instintos

e que apareça sem ter por quê,
e mude todos os planos,
e venha do nada para nascer
num pôr-do-sol com todos os seus encantos.

E que se for pra morrer
Que seja de amor
E que se for pra mentir
Mentir, pra aliviar a dor.

Por Rosa e grandiosa parceria.